Metodologias ágeis: o que não te contaram sobre o assunto?

É verdade que a grande estrela da vez nas metodologias organizacionais na maioria das empresas de tecnologia, são as metodologias ágeis. Algumas pessoas nem lembram como as coisas funcionavam há alguns anos atrás. Vou deixar aqui uma dica, era algo que falava sobre organização em “cascata”.

Quando surgiram as metodologias ágeis?

Apesar das metodologias ágeis terem tido seu início na década de oitenta! Uau sim acredite, as primeiras organizações usaram scrum a partir de 1986, o grande boom dos métodos ágeis ocorreu em 2001 com o lançamento do manifesto ágil. Esse manifesto reuniu as melhores práticas de metodologias como scrum (1986), DSD – Metodologia de Desenvolvimento de Sistemas Dinâmicos (1995), XP – Programação extrema, ASD – Desenvolvimento adaptável de software, FDD – Desenvolvimento Dirigido por Funcionalidades (1996).

Para que servem as metodologias ágeis?

Mas vamos então ao assunto da nossa conversa? As metodologias ágeis não precisam ficar presas às empresas de tecnologias, isso mesmo, os métodos podem ser usados no dia a dia da sua vida pessoal ou em qualquer outra área profissional, usar o modelo mental ágil em qualquer segmento da vida é o desafio e a consequência é pôr a mão na massa.

Muitos têm em mente que metodologia ágil representa a ideia de entrega mais rápida, pois bem a ideia não é usar a metodologia para tornar as pessoas da equipe no the flash dos quadrinhos, mas sim permitir entregas constantes e com valor, ou seja o cliente recebe um resultado em que possa fazer testes e acompanhar o desempenho do projeto.

Como funciona na prática?

As principais dificuldades na implementação e no uso dessas metodologias está na filosofia ou cultura da empresa em desacordo com o manifesto, esbarrando na mudança cultural organizacional. Não é preciso nos desesperar, na verdade todo o processo do manifesto ágil e sua implementação começa de dentro para fora. Ou seja, a mudança começa em nós, em nossas atitudes e pensamentos.

A falta de documentação faz parte do processo ágil, OOPS! Não é bem assim, quando o projeto é bem desenvolvido a nível de usabilidade e com conceitos de códigos limpos de fato não faz-se necessário uma documentação escrita à parte, já que todo o conhecimento necessário para a manutenção do projeto encontra-se explícito no mesmo.

Nas equipes não existe o papel de um gerente de projetos, isso porque a equipe é auto gerenciável, está aberta a mudanças e não precisa de alguém que “tenha o controle” da situação para manter as entregas e atividades em dia.  O papel que ajuda a equipe a remover obstáculos, trabalhar a comunicação e a transparência é do scrum master, isso na metodologia scrum, já no kanban não existem papéis pré definidos.

Por falar em Scrum master, é verdade que ele não codifica? Esse é um grande dilema dentro das instituições, que por muitas vezes tem a pessoa do scrum master como na verdade um líder técnico. De acordo com o manifesto, a principal tarefa dessa pessoa não é codificar, mas sim remover impedimentos e trabalhar principalmente a comunicação na equipe como todo, seja entre o time de desenvolvimento, seja entre os desenvolvedores e o dono do produto (PO).

Quando usamos o termo metodologia podemos pensar em uma receita de bolo repleta de passo a passo de o que e como fazer. Nesse caso não é bem assim, mas sim uma forma de pensar no fluxo de trabalho voltado à colaboração. Os valores são :

  • Pessoas e Comunicação;
  • Menos documentação e mais entrega;
  • Colaboração do Cliente;
  • Ser flexível a mudanças.

Quais são as vantagens de utilizar essas metodologias?

As vantagens ágeis são: Mais entrega e com maior qualidade, mais transparência e visibilidade do projeto, antecipação de problemas e tomadas de decisões mais rápidas e uma maior autonomia da equipe.

Por fim podemos observar que as pessoas que praticam metodologias ágeis, sabem que não existe de fato uma “metodologia fechada” mas sim a prática de bons hábitos com intuito de desenvolver software ágil se adaptando às mudanças conforme elas apareçam. Criando soluções simples e focadas na entrega. Podemos pensar nisso tudo como um jogo onde as regras servem como guias para o que vale o que não vale, mas o objetivo final do jogo é ganhar e continuar ganhando. Isto é conseguido com transparência, comunicação e trabalho em equipe.

Links uteis:
https://agilemanifesto.org/iso/ptbr/manifesto.html
https://agilepink.com/proposito/

Autora: Renata Lima

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